5 segredos sobre o mercado de franquias

Publicado em 25/05/2015

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Com a perspectiva de crescer entre 7,5% e 9% neste ano, segundo projeções da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor tem sido um dos mais promissores para quem quer empreender. Diego Simioni, sócio-fundador da consultoria GoAkira, especializada em desenvolvimento de negócios, mostra como ficar atento a pequenos detalhes antes de investir para não se frustrar depois. pequenos detalhes antes de investir para não se frustrar depois. Na hora de alugar o ponto comercial, o franqueado pode se sobressaltar com o preço. Mas nem sempre o alto custo significa má escolha: tudo vai depender de análise prévia do ponto e do faturamento. Por isso, em vez de descartar de pronto, analise friamente. Optar por um espaço já consolidado para implantar a franquia, como um shopping maduro, realmente exige maior desembolso. Mas a garantia de demanda por produtos ou serviços pelos clientes será maior e compensará o investimento mais adiante. Mapear possíveis novos pontos para instalação de unidades é praxe entre as redes de franquia. Também é importante ficar claro na Circular de Oferta de Franquias (COF) quais as regras e condições para abrir uma unidade em determinada área. Mas é importante que o futuro franqueado pesquise também se há outras unidades da rede próximas ao local onde planeja abrir a sua, para não haver competição/canibalização entre franquias da mesma marca. “Não deixe para se surpreender com essas informações quando estiver com as portas abertas”, afirma Simioni. Não basta ter capital em mãos para abrir uma unidade franqueada: é preciso ter afinidade com o segmento escolhido. Abrir um pet shop, por exemplo, pode parecer uma tremenda oportunidade ou garantia de sucesso, já que esse mercado continua em alta. Mas se o interessado não tiver habilidade nem gostar de bichos para lidar com eles no dia a dia, há um risco e tanto de o negócio não vingar. Ou seja: não basta só gostar: tem que querer trabalhar em determinado ramo, com suas vantagens e desvantagens. Ao contrário de abrir um negócio do zero, no franchising é essencial estar preparado para seguir as regras do franqueador. Afinal, a padronização das redes é a característica que faz esse modelo de negócio dar certo. Por outro lado, Simioni lembra que franqueado não é funcionário, mas sim um investidor, um CNPJ, uma parte da franqueadora – e por isso, não pode manter uma relação de subordinação. “Não adianta pedir à rede para alguém substituí-lo quando sair de férias, por exemplo, afirma o consultor. O franqueado tem que assumir totalmente o risco do negócio, sejam os bônus ou os ônus. E sempre participar de ações de gestão colaborativa.” Quem quer investir em franquias tem de colocar a mão na massa. Por isso, converse com outros franqueados para conhecer a dinâmica do trabalho e não se frustrar, caso seu desejo seja somente administrar. Franchising é barriga no balcão, e a maioria das redes procura franqueados com perfil de quem comanda, mas também participa do dia a dia. Por isso, hoje há alguns deles com mais de 100 unidades franqueadas, e muitas vezes multimarca ou multibandeira. “Se redes e franqueados alinham expectativas já na aquisição, essa é a oportunidade de construir um sistema de gestão também alinhado e de sucesso”, conclui o consultor. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.