6 dicas para lucrar o ano todo com produtos sazonais

Publicado em 23/04/2015

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A sazonalidade pode ser um banho de água fria no sonho de muitos empresários. Determinadas épocas do ano obrigam os lojistas a reinventarem seus negócios para sobreviver e garantir o saldo positivo das finanças da empresa. De acordo com Adriano Augusto Campos, consultor do Sebrae São Paulo, é essencial tratar este momento como uma oportunidade para criar, se destacar, e sempre produzir com qualidade. Além de garantir a sobrevivência durante todo o ano, essa receita pode ser também uma estratégia de expansão. Saiba como: PLANEJAMENTO Planejar é a principal característica dos empreendedores que sabem lucrar no momento certo. Planejar-se para os períodos sazonais envolve muito mais do que prever o volume de produção e vendas. Prever riscos e dificuldades, e saber como enfrentá-los são sinônimos de economia de tempo e dinheiro quando os imprevistos acontecem. "Conhecer seus clientes e saber o que cada período do ano provoca nas pessoas faz toda a diferença na hora de projetar novidades. Novos formatos, sabores, e até preços podem atrair também novos clientes." Além das temporadas de verão e inverno, e das datas comemorativas como dia dos pais, páscoa, Natal, dia das mães, dia dos namorados, é importante ficar atento a tudo que pode ser consumido em períodos chamados supersazonais. As Olimpíadas de 2016, por exemplo, podem impulsionar uma série de demandas que podem produzir lucros enormes. CONTROLE DE ESTOQUE Muitas vezes falta dinheiro em caixa, e sobra no estoque. Algumas lojas acumulam verdadeiras fortunas empilhadas. “Toda previsão é baseada em históricos, e isso tem que ser tratado com muita seriedade. Quando a empresa é nova, a saída é se basear em períodos semelhantes anteriores do segmento. Só não pode cruzar os braços”, diz. Criar uma estrutura de organização, ter um controle perfeito do número de itens e tipos de produtos armazenados, e mensurar a probabilidade de saída desses produtos ajuda a evitar desperdícios e manter seus gastos num patamar aceitável. INOVAÇÃO “Criatividade é a palavra da vez, e sem dúvida aumenta o tempo de vida útil de qualquer negócio.“ Inovar é o mesmo que criar valor. Associar o seu produto a outro que seja tendência naquele período pode ser uma estratégia lucrativa. A parceria entre a Kopenhagen e o Mc Donald´s, por exemplo, mescla classes sociais e projeta as duas marca para novos consumidores. Com foco nas classes A e B, a Kopenhagen sofisticou um dos sorvetes oferecidos pelo Mc Donald´s, com foco nas classes B e C. “Além de vender produtos, as marcas vendem estilo de vida, felicidade, agilidade, qualidade e por aí vai. Nessa parceria, o Mc Donald´s vende agilidade para a Kopenhagen, que por sua vez, vende sofisticação para a rede de fast-food”, diz. MUDAR AÇÕES DE ABORDAGEM Transformar o produto em algo viável para diferentes ocasiões. “Ter o mesmo produto com apresentações diferentes para torná-lo versátil. Motivos diferentes trazem clientes diferentes.” A ideia é tornar a sua oferta útil para quem está perto de você, e transformar o seu produto em algo possível para todos. Presença garantida em casamentos no passado, o bem-casado perdeu a força nos últimos anos. Com novas nomenclaturas, o mercado de confeitaria resgatou o doce que hoje é super disputado em diversos momentos. Em aniversários, ele virou bem-vivido. Em batizados, bem-abençoado. Nas maternidades, bem-nascido. Em formaturas, bem-formado. Em festas de debutantes, bem-jovem. E em eventos empresariais, bem-sucedido. DIVULGAÇÃO Já está mais do que comprovado que investir em redes sociais gera resultado. Mostrar fotos reais de seus produtos, ter contato com os clientes, responder as dúvidas, e estar aberto a sugestões e críticas também conta muito. “Cerca de 28% da população brasileira possui smartphone. Estar nas redes sociais é fundamental porque o cliente está cada vez mais analítico e é na internet que ele procura as avaliações que são o termômetro de qualquer negócio”, diz. FIDELIZAR O CLIENTE A velha máxima diz que custa mais atrair um novo cliente do que manter um antigo. Campos compara o cliente fiel a um artigo de luxo. “Estamos passando por um fenômeno que será mais consolidado no futuro. A nova geração de consumidores está cada vez menos preocupada com marca. Eles querem ser bem atendidos, e ter qualidade.” O cliente gosta de ser mimado. Treinar funcionários para atender bem, e conhecer o cliente. Saber o que ele gosta e costuma comprar. Apresentar novidades alinhadas ao seu perfil podem ser determinantes no relacionamento cliente x empresa. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.