Cartão pré-pago ganha mercado

Publicado em 08/09/2014

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O modelo de contas e cartões pré-pagos em reais – de instituições que podem ou não ser bancos – vem se expandindo no País. Os pré-pagos já existem há mais de três anos, mas desde o fim de 2013 o volume de depósitos e de usuários vem crescendo mais fortemente segundo o Banco Central. Esse meio de pagamento é visto como uma alternativa para inclusão de 55 milhões de brasileiros que ainda estão fora do sistema bancário. Não há dados consolidados do setor, mas na ContaSuper, por exemplo, eram 100 mil contas e 120 mil cartões em janeiro – número que agora está em 180 mil contas e 238 mil cartões. O Zuum possui 290 mil usuários. Na Agillitas, são mais 100 mil pré-pagos em reais ativos entre pessoas físicas. A previsão para o ano é que os cartões movimentem R$ 100 milhões na empresa. "A perspectiva de crescimento do segmento está em torno de 30% ao ano", diz o CEO da Agillitas, Roger Ades. O aumento dos pré-pagos está associado à facilidade. O consumidor consegue adquirir um cartão em algum emissor ou mesmo em redes de varejos e pontos de recarga de celular, como farmácias e supermercados. E depois de realizar uma carga, ele já pode ser utilizado como se fosse um cartão de débito. "Para o público A e B serve como um instrumento de conveniência em compras pela internet, também por controlar melhor o que se gasta", comenta o presidente de desenvolvimento de negócios da MasterCard, Alexandre Magnani. Apesar das facilidades que o pré-pago traz, ainda há barreiras. Uma delas é o custo. Por ser um produto que concorre com os bancos, para realizar saques em caixas eletrônicos as instituições cobram de R$ 2,90 a R$ 7,90. "A tendência é começar a expandir os canais de distribuição, fazendo com que o cliente possa fazer saques fora do ambiente financeiro", diz o diretor de produtos pré-pagos da Visa para América Latina e Caribe, José Coronel.

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.