Em 2015, não deixe seu cliente fugir de você

Publicado em 26/02/2015

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A despeito de barreiras como queda na confiança do consumidor e a crescente concorrência, o varejo no continente americano continuará a ser lucrativo e desafiador – desde que se aposte em estratégias bem sucedidas. A pesquisa Tendências do Varejo nas Américas (em inglês), elaborada pela consultoria Euromonitor International, aponta as principais tendências para o varejo em 15 países. A conectividade tem tornado o consumidor mais informado e mais exigente. Mais que isso, ele deverá adotar a praticidade das lojas de conveniência em detrimento das mercearias, e não se contentará em utilizar apenas um canal para se relacionar com as marcas. Em linhas gerais, para serem bem-sucedidas, as empresas terão de ser ágeis e inovadoras, respondendo às necessidades desses consumidores, diferenciando-se da concorrência e muitas vezes desafiando ambientes regulatórios. Leia também: Estudo global aponta as tendências do varejo para 2015 No Brasil, o grande destaque nessa estratégia é a crescente presença dos chamados atacarejos (ou lojas de autosserviço). Segundo Meika Nakamura, gerente de pesquisa da Euromonitor International, se antes eles se posicionavam para atender pequenos negócios, como restaurantes, padarias, bares e lojas de rua, agora cresce a procura pelo consumidor final. “Esse canal é especialmente atraente em um momento em que a alta da inflação se torna uma preocupação. Com isso, vemos alguns grandes redes apostando neste modelo, que ainda é uma particularidade do Brasil.” Veja as cinco principais tendências do varejo brasileiro para 2015 1 - Atacarejo: cada dia mais (um) perto de você O formato brasileiro de cash-and-carry (ou autosserviço), voltado tanto para pequenos varejistas como para consumidores, continuará a crescer fortemente em 2015. Os preços competitivos para quem compra em grandes quantidades ou volumes continuarão a atrair não só comerciantes, mas também famílias que procuram qualidade a preços razoáveis. A preocupação atual com a inflação será um atrativo a mais no formato para o consumidor brasileiro. 2 - Lojas de conveniência entram na briga Depois da cadeia MiniMercado Extra, que apresentou forte expansão em 2013, novas cadeias também têm se aventurado por esse ambiente. Exemplo disso é a Minuto Pão de Açúcar, também do Grupo Casino, e o Dia%. Para este canal, o público-alvo são consumidores on-the-go(em trânsito), que procuram conveniência no momento de fazer a compra da semana – em especial de produtos de mercearia. 3 - Não quer mais? Venda pela internet Os consumidores aderiram à tendência, que deve crescer: vender artigos que não se quer mais em sites especializados continuará em ascensão na internet. O uso de plataformas como OLX e BomNegócio.com para comercializar de roupas e móveis até instrumentos musicais torna a vida de vendedores e compradores mais fácil. A facilidade e a rapidez em fechar negócio é o grande atrativo. O crescimento do mercado de segunda mão deve gerar impacto na venda de produtos semelhantes, porém novos e mais caros. 4 - A culpa é da Fifa? Em 2014, o ambiente de varejo brasileiro sofreu impacto negativo da Copa do Mundo. Os feriados estendidos nos dias de jogo do Brasil fizeram as lojas de rua fecharem por vários dias, com resultado negativo óbvio sobre as vendas. Bares e restaurantes se deram bem, já que os consumidores passaram esses feriados assistindo aos jogos nesses locais, ao invés de fazer compras. 5 - Compra mais fácil nas vending machines Se por um lado o varejo de rua não se deu bem na Copa, a estratégia utilizada pela Netshoes durante o evento deu certo. Vending machines(máquinas de venda automática) da loja virtual de calçados e artigos esportivos espalhadas em metrôs e aeroportos das cidades-sede dos jogos, levaram torcedores a comprar a camisa “canarinho” ou de outros times a caminho dos estádios. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.