Organizadores tentam por um fim na Black Fraude

Publicado em 17/11/2014

Tempo de Leitura • 2 min

No próximo dia 28, sexta-feira, acontece a Black Friday brasileira. O evento é baseado na tradição do varejo americano que realiza promoções de vendas na sexta-feira após o feriado de Ação de Graças. No Brasil, a data foi incorporada ao calendário do comércio em 2010 por iniciativa do portal Busca Descontos. A ação já é considerada o melhor dia para as vendas online – no último ano, as 24 horas de ofertas movimentaram R$ 424 milhões, segundo a ClearSale, empresa de soluções para autenticação de vendas no e-commerce. Apesar do bom resultado nas vendas, o evento ganhou má fama nas edições passadas: algumas lojas mal intencionadas fizeram uma maquiagem nos preços para que os descontos parecessem maiores, deixando muitos consumidores insatisfeitos. Em 2013, foram 8,5 mil notificações no site ReclameAqui relacionadas ao Black Friday. Por causa disso, os internautas apelidaram a ação de “black fraude”. Para recuperar a imagem do evento, o portal Busca Descontos e a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (câmara-e.net), organizadores oficiais da data, criaram um selo chamado Black Friday Legal, que pretende identificar as lojas online e físicas que irão oferecer promoções idôneas. Os comerciantes que desejarem participar devem assinar o código de ética da Black Friday; um documento que define condutas sobre a honestidade das ofertas e a relação com os consumidores. Ludovino Lopes, presidente da câmara-e.net, afirma que a ideia é unir empresas comprometidas com a realização de ofertas reais para o consumidor, mas que cada loja possa escolher os valores que deseja praticar: “o lojista pode oferecer qualquer faixa de desconto que não comprometa os seus negócios”. Além do código de ética, os comerciante passarão por uma análise feita pela camara-e.net que vai verificar os dados cadastrais da empresa, como CNPJ e razão social, e avaliar se a loja disponibiliza informações de contato importantes para os clientes, como e-mail, telefone e endereço. “O comerciante que aceitar os termos do código e passar pela análise da câmara-e.net, receberá o selo Black Friday Legal 2014 e poderá usá-lo em seu site e campanhas de marketing. A logomarca da empresa também ficará disponível no site do evento para o consumidor que quiser confirmar se a loja assinou o código de ética”, afirma Ludovino Lopes, presidente da câmara-e.net. As inscrições para o Black Friday Legal 2014 terminam no dia 24 de novembro. Até o momento, a câmara recebeu o cadastro de 470 empresas que desejam receber a certificação. Os organizadores do evento estimam que este ano o faturamento fique entre R$ 700 milhões e R$ 1 bilhão. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.