Otimismo na economia em baixa

Publicado em 14/04/2014

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A confiança dos consumidores brasileiros arrefeceu um pouco quanto aos rumos da economia. O Índice Nacional de Confiança, elaborado pela Ipsos e pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), batizado INC ACSP/Ipsos, recuou de 145 pontos em fevereiro para 137 em março deste ano. Ele situou-se em 149 em março de 2013. Já em 2012, o indicador estava na marca dos 164 pontos. A elevação do índice de inflação e as incertezas climáticas que afetaram tanto a produção agrícola quanto a de energia fizeram com que o sentimento de incerteza predominasse. Os sentimentos dos brasileiros em relação à manutenção de seus empregos e à sua situação financeira futura também foram abalados. Pressionados por este contexto, seus planos para adquirir bens duráveis de preços maiores como veículos e imóveis foram adiados. Para Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), "a alta da inflação dos alimentos – que pode continuar em abril – afetou negativamente a confiança do consumidor em março. A incerteza climática deve estar preocupando pois a falta de chuvas pode acarretar dificuldades de abastecimento de água e de luz". Emílio Alfieri, economista do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP, ressaltou que no que se refere à situação financeira atual dos brasileiros, o levantamento apontou que em março 47% dos entrevistados a consideraram boa, praticamente inalterada em relação aos 46% observados em fevereiro e que esta estabilidade é positiva e continua satisfatória com pequenas oscilações. Entretanto, houve queda dos que responderam que acreditam em uma situação futura melhor de 52% para 48% no mesmo período. "A expectativa é de que a inflação continue em alta em abril e é preciso lembrar que o noticiário já menciona que existe racionamento de água em algumas cidades", ponderou. O estudo também aponta a estratégia de mais cautela por parte do consumidor. As entrevistas apuraram que 38% deles estavam mais dispostos a adquirir eletrodomésticos em março, ante 43% em fevereiro. Em relação a março de 2013, o total era de 47% dos entrevistados e 50% há dois anos. Para Amato, "pelas reuniões que temos feito, percebemos que o consumidor brasileiro está bastante seletivo em relação à aquisição de eletrodomésticos e eletrônicos". O estudo indica que o sentimento de estabilidade no emprego também registrou alteração para os brasileiros. Em março, 38% se sentiam seguros, índice inferior aos 42% de fevereiro. O resultado também é mais negativo que o de março do ano passado (39%) e de março de 2012 (45%). Fonte: Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.