Pesquisa do IBGE indica tendência de redução do emprego industrial

Publicado em 23/03/2015

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A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela queda de 0,1% na produção industrial de janeiro, comparada ao mês anterior. Em relação a janeiro do ano passado, o recuo foi mais acentuado, de 4,1%,, e ao longo dos últimos 12 meses (fevereiro/2014 a janeiro/2015), a redução acumulada foi 3,4%. A Pimes de janeiro mostra também que a folha de pagamento da indústria recuou em todos os cenários. Teve queda de 0,5% em relação a dezembro, diminuiu 4,2% comparada a janeiro de 2014 e, no acumulado de 12 meses, recuou 1,8%. De acordo com análise técnica da pesquisa, a conjuntura econômica atual – com ajuste fiscal, alta da taxa básica de juros e aumento de impostos – não há sinais de mudanças significativas, no curto prazo, na produção industrial, nem no mercado de trabalho. Na opinião do gerente de Análise Estatística do IBGE, André Macedo, o comportamento do emprego foi “predominantemente negativo” no setor, em janeiro, diretamente ligado ao próprio desempenho da atividade industrial, na medida em que a produção também caminha em ritmo lento. “É preciso deixar claro que o IBGE não faz previsões, mas é claro que toda e qualquer medida que venha a onerar o setor industrial pode trazer reflexos para o mercado de trabalho na indústria. Não temos, porém, como prever a intensidade desse reflexo. O que se observa com as informações disponíveis é uma predominância de resultados negativos, já observados há algum tempo no emprego, e que é acompanhado também pela queda na produção.” Ele ressaltou que, a partir dos números de janeiro, o IBGE não setoriza mais os dados relativos ao desemprego por estados e regiões, o que impede informações sobre os estados ou regiões em que a queda na oferta de mão de obra foi mais intensa”. André Macedo disse que a queda da produção industrial foi generalizada e se deu com mais intensidade nos setores de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos, meios de transportes – aí incluída a indústria automobilística – produtos de metal, calçados e metalurgia. Segundo ele, esses setores têm influenciado, de forma mais intensa, o comportamento da indústria. Ele revelou que, das 18 atividades investigadas, 17 tiveram resultados negativos, com exceção do setor de produtos químicos, que manteve-se estável. Agência Brasil

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.