Crise? Para a CVC, o mercado está ótimo – e deve continuar assim

Publicado em 28/05/2015

Tempo de Leitura • 2 min

Neste 2015 mal assombrado para grande parte dos negócios no Brasil, as aquisições surgem como oportunidades. A tradicional operadora de viagens CVC, pertencente ao fundo Carlyle, anunciou, nesta quarta-feira (27/05), a compra da Submarino Viagens, empresa do grupo B2W, considerado líder de comércio eletrônico do Brasil, que atualmente comanda marcas como Submarino, Lojas Americanas e Shoptime. Ao que parece, a crise econômica ainda não pegou o mercado de viagens. Essa é leitura de Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC. “As viagens efetivamente entraram no orçamento do brasileiro. Ele pode tentar uns dias a menos ou um destino mais em conta, mas não vemos as viagens saindo do cardápio das famílias”, diz. LEIA MAIS: O negócio que pode acabar com as viagens de negócios Os números confirmam o otimismo de Falco. No primeiro trimestre deste ano, a empresa somou R$ 60,9 milhões em lucro líquido – 35,1% a mais que nos primeiros três meses de 2014. “Esse mercado é bastante resiliente”, afirma o executivo. “Estamos navegando por índices de crescimento históricos.” Com a aquisição a CVC, pretende ampliar o seu alcance – além das famílias em férias, agora ele também quer os jovens adeptos ao comércio eletrônico e aqueles que viajam a negócios. Exatamente por isso, as marcas devem continuar funcionando separadamente. “O cliente fica com a marca com a qual ele se identifica, não importa quem está por trás”, afirma. “O cliente do Submarino Viagens é mais conectado, já o público da CVC não necessariamente é um internauta.” Embora o tíquete médio do cliente da Submarino Viagens seja menor, Falco vê no alcance da plataforma uma oportunidade. “O cliente da CVC, em geral fecha pacote, de hospedagem, passagens, shows, entre outros”, afirma. “Há oportunidades de promovermos os produtos da CVC por meio do Submarino.” De acordo com o Banco Central, os gastos de brasileiros durante viagens ao exterior registraram queda de 29,7% em abril ante março, e somaram US$ 1,6 bilhão O formato escolhido para a transação não foi dos mais convencionais, mas soa estratégico para um ano em que o caixa deve estar cheio para garantir a segurança da operação. A CVC, fundada em 1972, pagará, ao longo de 10 anos, proporcionalmente ao número de negócios fechados na plataforma digital – limitado a um valor total de R$ 80 milhões. “Esse modelo é bastante interessante, os alinhamentos são perfeitos”, diz Falco. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.