Demissões em julho atingem 157 mil com carteira assinada

Publicado em 24/08/2015

Tempo de Leitura • 3 min

O emprego continua em baixa: dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgados nesta sexta (21/08), mostram que em julho foram fechados 157.905 postos com carteira assinada no país. O número, que resulta da diferença entre admissões (1.397.393) e demissões (1.555.298), representa uma queda de 0,39% no total de trabalhadores formais em comparação ao mês anterior. O resultado de julho representa a menor geração de empregos para o mês desde 1992, início da série histórica. Segundo o MTE, no acumulado do ano houve perda de 494.386 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 778.731 postos na série ajustada. Mais cedo, em São Paulo, o ministro da pasta, Manoel Dias, havia adiantado que os números do Caged seriam negativos. Segundo ele, a expectativa é de que até o final do ano o país retome o crescimento dos empregos. Essa retomada, de acordo com o ministro, deve vir do aporte de recursos que o governo vem fazendo para estimular as atividades econômicas. Dias citou como exemplo a liberação de R$ 3,1 bilhões do Banco do Brasil para o setor automotivo. Lembrou também que, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), estão sendo feitos investimentos recordes na construção civil, que totalizam R$ 130 bilhões neste ano, dos quais R$ 84 bilhões serão para moradias populares. O ministro estima que, só com estes recursos serão gerados 3,7 milhões de novos postos de trabalho no país. Ainda entre as medidas citadas como indutoras da retomada do crescimento estão os financiamentos a microempreendedores individuais (MEIs) por meio de repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Segundo ele, existem R$ 30 bilhões disponíveis. “No ano passado, só para empreendedores individuais emprestamos R$ 12 bilhões. E tem mais R$ 12 bilhões para este ano, que podem ser financiamentos de pequeno valor – de R$ 2 mil e R$ 3 mil”, disse. PRIMEIRO EMPREGO Outro dado citado pelo ministro é uma pesquisa que indica que 64% dos jovens sonham ter o próprio negócio e, em um momento de dificuldade para conseguir emprego, essa pode ser uma alternativa. Os canais de relacionamento com os jovens interessados são Correios, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Quanto ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), ele revelou que duas empresas já formalizaram as adesões de acordos entre patrões e empregados, e que mais 20 fizeram requerimento para os registros – a maioria do setor de autopeças. Manoel Dias disse ainda que as pessoas têm adiado compras e outras ações que poderiam aquecer a economia por falta de confiança criada “por uma campanha negativa, exasperada, com conotação política.” Durante o evento tecnológico Google Day, onde deu as declarações, o ministro do Trabalho também lembrou que todos os serviços prestados pelo MTE já estão automatizados. Até o final de outubro, os trabalhadores de todo país contarão com o agendamento eletrônico de serviços, evitando filas. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.