Mercado projeta queda da inflação e da Selic

Publicado em 17/10/2016

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De acordo com o Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (17/10), a mediana das projeções para a Selic no fim de 2016 caiu de 13,75% ao ano para 13,50%. Na prática, se confirmado, isso significará corte de 0,75 ponto porcentual da taxa básica, atualmente em 14,25% ao ano. Há um mês, a perspectiva era que o juro fosse cortado para 13,75% ao ano. Para o fim de 2017, a projeção permaneceu em 11,00% ao ano, mesmo nível de um mês atrás.Na próxima quarta-feira, o BC decide o novo nível da Selic e os ativos negociados no Brasil vêm precificando corte entre 0,25 e 0,50 ponto na taxa básica. No início de outubro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou uma inflação de apenas 0,08% em setembro, abaixo do esperado pelo mercado financeiro (entre 0,10% e 0,23%) e da taxa de agosto (0,44%). Chamou atenção a deflação de alimentos, de 0,29%, algo que não ocorria desde agosto do ano passado. Na ocasião, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, avaliou que o IPCA de setembro "mostra que a inflação está na direção correta". No relatório Focus desta segunda, a Selic média de 2016 caiu de 14,16% para 14,13% ao ano. Para 2017, cedeu de 11,75% para 11,63%. Há um mês, a mediana das taxas médias projetadas para este e o próximo ano eram de 14,19% e 11,88%, nesta ordem. Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a taxa básica terminará 2016 em 13,50% ao ano, abaixo do patamar de 13,75% projetado uma semana e um mês antes. Para o ano que vem, as estimativas do Top 5 ficaram estáveis em 11,25% ao ano, mesmo patamar de um mês atrás. OUTUBRO E NOVEMBRO A abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus mostra que os economistas projetam início do corte da Selic (a taxa básica de juros) na próxima quarta-feira. A expectativa é de que ela caia 0,25 ponto porcentual, de 14,25% para 14,00% ao ano. Esta possibilidade, porém, já estava presente nas projeções desde 29 de setembro. A novidade no relatório é que os economistas passaram a enxergar um corte maior da Selic, de 0,50 ponto porcentual, no encontro de novembro do Comitê de Política Monetária (Copom). Até o dia 7 de outubro, a mediana das apostas indicava corte de apenas 0,25 ponto porcentual em novembro. O mercado também passou a projetar corte de 0,50 ponto porcentual da Selic em janeiro do próximo ano - antes, esperava 0,25 ponto. Em fevereiro, pela mediana das expectativas, a Selic iria para 12,50% ao ano; em abril, para 12,00%; em junho, para 11,50%; em julho, para 11,25%; em setembro, para 11,00% - e assim permaneceria até o fim de 2017. INFLAÇÃO Já a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - o indicador oficial de inflação - este ano passou de 7,04% para 7,01%. Há um mês, estava em 7,34%. Já o índice para o ano que vem foi de 5,06% para 5,04%. Há quatro semanas, apontava 5,12%. No início deste mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma inflação de apenas 0,08% em setembro, abaixo do esperado pelo mercado financeiro (entre 0,10% e 0,23%) e da taxa de agosto (0,44%). Em especial, houve deflação dos alimentos, de 0,29%, algo que não ocorria desde agosto do ano passado. Já no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de setembro, o BC havia atualizado suas projeções para a inflação para os próximos anos, pelo cenário de referência: 7,3% em 2016, 4,4% em 2017 e 3,8% em 2018. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.