Consumidor vai gastar parte do 13.o com compras para o Natal

Publicado em 14/11/2014

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Se a disposição do consumidor para as compras de Natal for um indicador de tendência de consumo, pode-se dizer que 2015 não será um ano ruim para o comércio. Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) com 624 consumidores em 27 capitais do país, em parceria com o Portal de Educação Financeira Meu Bolso Feliz, mostra que oito em cada dez brasileiros (82%) devem gastar o 13º salário com compras para o Natal. Deste total, 55% disseram que vão utilizar uma parte do montante para adquirir presentes e 27% informaram que vão gastar todo o 13º em compras. Apenas 18% dos entrevistados responderam que não devem gastar o dinheiro com presentes. Entre o grupo dos que não vão gastar nada, 46% disseram que pretendem economizar, poupar ou investir o dinheiro recebido; 24% responderam que vão usar para pagar dívidas; 14%, para viajar, e 5% afirmaram que ainda não decidiram o que vão fazer com o dinheiro. Vale lembrar que na mesma pesquisa realizada no ano passado, os consumidores estavam até mais cautelosos com os gastos. Veja os números: 51% afirmaram que pretendiam usar o 13º salário para as compras de Natal, enquanto 25% disseram que não e outros 24% responderam que não sabiam ou ainda não tinham decidido (pergunta que não foi feita no levantamento deste ano). Pesquisa realizada pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) já mostrou um consumidor mais preocupado em poupar (20% dos entrevistados) e pagar dívidas (28,9%) com a primeira parcela do 13º. Em novembro de 2013, esses percentuais eram 20,4% e 24,5%, respectivamente. Cresceram pouco ou mantiveram-se estáveis em relação ao ano passado, as intenções de comprar presentes (20% ante 18,4% há um ano), roupas (2,2% ante 2%) e alimentos para festas de final de ano (2,2% ante 2%). Reformar a casa será a opção de 4,4% dos consumidores ante 4,1% em 2013. “A pesquisa mostra que o consumidor está mais cauteloso, responsável, consciente. Isso sugere também que ele pode estar preocupado com as definições e mudanças na política econômica e, por isso, opta por fazer uma reserva”, diz Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). Outra pesquisa divulgada na semana passada pela SPC Brasil, em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), revelou também que subiu para 33% o porcentual de brasileiros que pretendem gastar menos com presentes no Natal, ante 13% registrado em 2013. O levantamento mostrou que, para 51% dos entrevistados, os produtos estão mais caros. O principal motivo para isso, apontado por 70% dos consumidores, é o aumento da inflação. Mesmo com a intenção de gastar menos, o tíquete médio por presente aumentou de R$ 86,59 para R$ 122,40. Os levantamentos realizados para identificar ritmo de vendas e intenções de consumo revelam algumas contradições, o que pode expressar certa preocupação dos consumidores em relação aos gastos. Como consequência, ainda difícil de enxergar qual será o comportamento do consumidor no novo ano que se aproxima. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.