Depois de um ano de volatilidade na renda fixa – com a taxa Selic passando de 7,25% ao ano para 10% ao ano em 2013 – e do desempenho ruim da bolsa de valores, 2014 deve ser encarado pelo investidor como um ano de cautela nas escolhas, mas sem perder de vista as oportunidades. A palavra de ordem dos especialistas em finanças pessoais é a diversificação. Para Carlos Massaru Takahashi, presidente da gestora de recursos BB DTVM, a perspectiva para 2014 não é de piora. "Entendemos que será um ano complexo e difícil, o que faz com que os riscos sejam mais claros e as oportunidades também. As economias desenvolvidas – Estados Unidos, Europa e Japão – voltarão a ter um crescimento disseminado e consistente. Apenas a China não deve crescer mais do que 7,5%, o que traz um pouco de impacto aqui", afirma. Mas se bons ventos sopram do exterior, no Brasil ainda haverá incertezas principalmente por causa das eleições. Além da indefinição sobre os rumos da política econômica, o que acaba sendo natural em ano eleitoral, o humor do mercado ainda pode ser influenciado pelos problemas que já atingiram o Brasil em 2013: inflação pressionada, Produto Interno Bruto (PIB) crescendo menos e as condições adversas das contas públicas, com destaque para o cumprimento da meta de superávit primário (economia do governo para o pagamento dos juros da dívida pública). Assim, no cenário interno, o principal desafio será a recuperação da confiança dos mercados na economia brasileira. "É preciso que isso ocorra para propiciar o crescimento da economia, sem que haja deterioração de fundamentos importantes, como a gestão da dívida pública. Essa é uma questão que ainda deve trazer volatilidade", avalia Takahashi. Com esse cenário e desafios, gestores e especialistas falaram ao Diário do Comércio sobre expectativas para os investimentos em 2014. Fonte: Diário do Comércio