Decifre o financês e multiplique os números
Publicado em 10/02/2014
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Se palavras como volatilidade, liquidez, rentabilidade e alavancagem podem soar familiares, mas de difícil compreensão para o pequeno investidor – que guarda todas as economias na caderneta de poupança – imagine quando, numa conversa, lhe é servida a sopa de letrinhas: CDB, LCI, ETF, NTN-B, LFT, LTN... Essas siglas, mais formadas de consoantes do que de vogais, são uma praxe no cardápio de aplicações financeiras das instituições.
Para o poupador, resta fugir ou aprender sobre elas. A pessoa que quer diversificar terá de escolher a segunda alternativa. Não tem jeito. Com maior oferta de informações em sites na internet e em livros sobre finanças, e com um cenário cada vez mais complexo para investir, a busca por educação é vital para a saúde do bolso.
"O grande problema é que as pessoas dizem: não entendo nada e não sei nada disso. Com isso, criam um bloqueio e quem faz isso nunca vai entender mesmo", avalia Jurandir Macedo, consultor de finanças pessoais do Itaú Unibanco e autor do livro A Árvore do Dinheiro (Ed. Campus). E como driblar esse bloqueio? O consultor recomenda que o poupador se abra para a possibilidade de aprender e tente praticar o que descobrir.
"Como tudo o que existe, o tema finanças também exige um esforço para ser entendido. Recomendo que as pessoas comecem com livros simples, que vão abrir a possibilidade de aprofundar o assunto posteriormente. Os jornais de economia também ajudam", diz.
Como consultor, Macedo diz que sempre se esforça para tirar o "financês" do seu discurso, mas reconhece que as pessoas precisam aprender. "A palavra liquidez é um exemplo. É preciso aprender que ela é a capacidade de converter algo em dinheiro", explica.
Há também o aspecto cultural e esse leva tempo. "Há trinta anos ninguém sabia o que era colesterol e hoje a maioria das pessoas sabe. Isso porque elas deixaram de ter bloqueio sobre o assunto. Entender finanças também vai fazer a pessoa ter mais qualidade de vida", explica Macedo.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) diz que os profissionais de instituições financeiras têm o dever de informar adequadamente o investidor. A autarquia tem um canal de atendimento para o investidor tirar dúvidas sobre conceitos, serviços, produtos e normas do mercado de capitais, além de fazer reclamações. O espaço fica no link Fale com a CVM, no site www.cvm.gov.br. Outras páginas que contêm informações são o portal do investidor (www.portaldoinvestidor.gov.br), a área educacional da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br) e o site da Anbima, que tem glossário (www.comoinvestir.com.br).
Fonte: Diário do Comércio
Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.