Esteja disposto ou não a comprar, o consumidor não deixa de olhar uma boa vitrine. Se vai entrar na loja e levar alguma coisa, dependerá de como essa vitrine estará organizada, est rategicamente montada, com produtos condizentes com o público-alvo, tendências atualizadas e informações corretas. Afinal, a vitrine deve ser a fotografia do sonho de consumo do cliente, e despertar imediatamente o desejo de compra. Com uma vitrine irresistível, o fechamento de um negócio só dependerá da abordagem do vendedor, alerta Carlos Cruz, diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas). Segundo ele, se a loja não for autosserviço (onde o próprio cliente pega os produtos), o vendedor deve informar o comprador não só sobre liquidações mas aproveitar o interesse para fazer perguntas e investigar o que aquele cliente quer ou mesmo gostaria de comprar. Cruz circulou com a reportagem do Diário do Comércio pelas ruas do centro velho de São Paulo, onde o tráfego de pessoas é intenso, avaliando acertos e erros no comércio na montagem de vitrines. "Muita gente está apenas de passagem e não necessariamente para comprar. Por isso, a vitrine aqui tem um papel fundamental", diz ele. O básico de uma vitrine é apresentar os produtos que estão disponíveis na loja, o que acaba definindo qual é o público-alvo do estabelecimento. Além disso, deve informar sobre o estilo, a faixa de preços dos produtos e tendências do mercado. A vitrine diz muito sobre uma loja e, no centro de São Paulo, também dá muita ênfase aos preços. "O preço é mais importante no centro, que tem um público heterogêneo, do que em um ponto da rua Oscar Freire, onde o preço é proibido na vitrine", explica o técnico. A vitrine, então, deve gerar uma necessidade. O segundo passo do consumidor é saber se o preço cabe no bolso. A terceira é entrar. "Se a loja for de autosserviço, os produtos devem estar acessíveis. Se tiver vendedores eles devem fazer uma abordagem correta", diz o diretor do IBVendas. Fonte: Diário do Comercio