Com juro maior, financiamento de imóvel exige mais comparação

Publicado em 23/01/2015

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Se no ano passado os financiamentos imobiliários com recursos da poupança tiveram um crescimento tímido, em 2015 não deve ser muito diferente, principalmente em razão do aumento de juros nessa linha de crédito, que entrou em prática nesta semana pela Caixa Econômica Federal. Assim, quem planejava comprar imóvel por meio de uma linha de financiamento terá de pesquisar de forma criteriosa os custos totais de cada banco. Depois, terá de refazer os cálculos a partir das novas taxas de mercado. É neste ponto que terá de reavaliar o valor pretendido e depois o prazo, para verificar se tais variáveis resultam em uma prestação que corresponda a, no máximo, 30% da renda familiar mensal. A estimativa da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) é que os financiamentos imobiliários cresçam 5% neste ano, a mesma projeção para o ano passado, que não foi atingida. Em 2014, os financiamentos com recursos da poupança (para imóveis no valor de até R$ 750 mil) somaram R$ 112,9 bilhões -um crescimento de apenas 3,4% sobre 2013. O fato é que atingir a meta de 5% pode ser mais desafiador neste ano, já que os aumentos sucessivos da taxa de juros da economia (Selic) chegaram ao crédito imobiliário. O primeiro sinal de dificuldade para os consumidores adquirirem crédito imobiliário foi o aumento dos juros promovidos pela Caixa nesta semana. O banco só manteve inalteradas as taxas do financiamento de imóvel com recursos do programa Minha Casa Minha Vida e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Também não houve alteração na taxa balcão (para quem não tem relacionamento com o banco), do financiamento de imóveis de até R$ 750 mil com recursos da poupança, que se manteve em 9,15% ao ano. Os juros para os demais perfis de clientes foram elevados, inclusive para os correntistas e clientes que recebem o salário na Caixa. Assim, o correntista do banco que financiar um imóvel de até 750 mil pagará 0,25 ponto percentual a mais. A taxa, neste caso, passou de 8,75% para 9% ao ano. Quem tem conta-salário no banco também está pagando mais para obter crédito imobiliário na Caixa, que passou de 8,25% para 8,70% ao ano. Os maiores aumentos, no entanto, foram aplicados nos juros do financiamento de imóveis com valor superior a R$ 750 mil (que utilizam recursos do Sistema de Financiamento Imobiliário). A taxa balcão para esta operação passou de 9,20% para 11% ao ano, um aumento de 1,80 ponto percentual. Para imóveis nesta faixa de preço, os juros subiram para dois dígitos para todos os tipos de clientes. Passaram de 9,10% para 10,7% ao ano para quem já tem conta corrente, e de 9% para 10,50% ao ano para quem tem conta-salário e servidores públicos correntistas do banco. Para os servidores com conta-salário, o aumento foi de 8,80% para 10,20% ao ano. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.