Comércio se esforça para aquecer vendas para o Dia das Mães
Publicado em 22/04/2015
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A menos de um mês para o Dia das Mães, considerado o melhor período de vendas para o comércio depois do Natal, será que o movimento de segunda-feira (20/04) já é um sinal de que, mesmo em ano de crise, as mães não vão ficar sem presentes?
Nas dez lojas de sapatos, bolsas, bijuterias, roupas e artigos cozinha visitadas ontem pelo Diário do Comércio, a resposta dos gerentes é “sim”, as mães serão presenteadas mesmo em ano recessivo. Algumas das lojas, inclusive, já começaram a vender para elas.
Só que, diferentemente dos últimos anos, os presentes serão mais simples e baratos. O Dia das Mães de 2015 será de presentinhos.
Quando a economia estava em ritmo de expansão, quem faturou muito no mês de maio, além das mães, foram as operadoras e as revendas de telefones celulares, assim como a indústria e as lojas de eletroeletrônicos --no ano passado, elas ganharam televisores de tela grande, por conta da Copa do Mundo.
Este Dia das Mães, segundo os lojistas, será mais de bijuterias de R$ 25, sapatos de R$ 80, camisetas de R$ 70, nécessaire de R$ 15 e canecas de R$ 8,50. Esses são exemples de produtos que deverão ser mais procurados para as mães neste ano, segundo uma pesquisa rápida feita pelo DC ontem com os lojistas da Rua 25 de Março.
O esforço para vender produtos mais caros, no entanto, será enorme. A Global Shoes, com 18 lojas em São Paulo, por exemplo, acaba de lançar uma promoção para o Dia das Mães. Quem comprar um par de botas da marca Ramarim, que custa R$ 180, leva um chinelo Ipanema. Além da promoção, a loja decidiu fazer um treinamento especial de vendedores: eles não podem deixar os clientes saír sem uma sacola na mão.
“O país está em crise. Porém, muita loja não vende porque há funcionários acomodados", diz Lúcio Barbosa Silva, gerente da Global Shoes. "Aqui, eles têm de vender R$ 1.200, no mínimo, por mês. É treinado para isso.” A Global Shoes, localizada na Rua 25 de Março, que projeta um movimento de 4% a 5% superior ao da mesma data no ano passado.
Na Bendita Seja, loja de bijuteria da Ladeira Porto Geral, que comercializa produtos de R$ 0,99 a R$ 1.200, toda semana chegam pelo menos 50 novos produtos.
“O cliente quer novidade. Com produtos novos o tempo todo, estamos conseguindo manter as vendas”, afirma Karina Teodoro, gerente da loja. “Não sentimos nenhum movimento especial para o Dia das Mães. Mas a expectativa é vender em maio mais do que no ano passado”, diz.
Diário do Comércio
Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto
Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.