Confiança melhora, mas ainda é pior do que no ano passado

Publicado em 09/12/2014

Tempo de Leitura • 1 min

Uma boa notícia deve ser vista com cautela pelos comerciantes paulistas. Entre outubro e novembro deste ano, a confiança do consumidor, medida pelo Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo (INC/ACSP), avançou 5 pontos, para 153 pontos – 200 pontos é o grau máximo de otimismo. Para Emílio Alfieri, economista da ACSP, a boa nova não deve ser lida como um sinônimo de vendas em alta em 2015. “A melhora é alentadora, mas tem um forte componente sazonal”, diz. Esse é um dos impactos da chegada do 13º salário na economia – com mais dinheiro no bolso, o consumidor melhora de humor e vê o cenário total com mais otimismo. A prova dos nove deverá vir a partir de janeiro, quando será colocada em prática, efetivamente, a nova política econômica que, na expectativa de Alfieri, deverá ser pautada pela redução de despesas públicas, aumento de tributos e juros mais altos. “O primeiro trimestre será o verdadeiro teste para a economia”, afirma o economista. Por enquanto, a melhora da confiança ainda não resultou em aumento do consumo. A intenção de compra dos consumidores subiu apenas 1 ponto percentual entre outubro e novembro – agora, 41% das mil pessoas consultadas espera fazer aquisição de produtos de maior valor agregado, como eletrodomésticos. Na comparação com 2013, todos os indicadores apontaram redução de confiança – exceto o que mede a percepção da situação financeira atual. Hoje, 49% dos entrevistados consideram sua situação financeira boa, mais que os 46% em novembro do ano passado. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.