Expectativa do consumidor em relação à economia fica estável

Publicado em 30/11/2015

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Os consumidores continuam pessimistas em relação à situação econômica, e o efeito dessa percepção se revela no menor ímpeto para fazer compras. O lado positivo é que essa cautela também tem ajudado a segurar o endividamento das famílias, que ficou estável nos últimos meses. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 0,3% em novembro na comparação com outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27/11) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado confirma a estabilidade, mas o índice permaneceu em um patamar baixo, o que revela pessimismo, pois está 11,1% abaixo de sua média histórica e 11% abaixo do registrado em novembro de 2014. Entre os índices medidos pela pesquisa, dois caíram. O indicador de perspectiva de melhora da inflação recuou 2,9%, sinalizando maior pessimismo sobre a elevação dos preços; o de compras de bens de maior valor, como carros e eletrodomésticos, caiu 2,7% em novembro ante outubro. O índice de desemprego mostrou estabilidade com um recuo de 0,2%. "A estabilidade do índice é resultado de movimentos contrários de seus componentes", diz a pesquisa. O Inec indica ainda que a estabilidade em relação ao mês anterior é resultado da percepção dos consumidores em relação às finanças pessoais, que melhorou em novembro. O índice de expectativa para os próximos seis meses em relação à renda pessoal cresceu 3,2%. Os índices de endividamento e de situação financeira em relação aos últimos três meses tiveram uma melhora. O índice de endividamento cresceu 2,8% frente a outubro e o de situação financeira teve alta de 3,6% no período. Contudo, o documento destaca que esses indicadores estão abaixo dos registrados em novembro de 2014. A pesquisa da CNI, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 14 e 18 de novembro. ENDIVIDAMENTO O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro ficou estável em 46,0% de agosto para setembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central (BC). A instituição começou a fazer o levantamento em janeiro de 2005 e o retrato sobre o nível de dívidas brasileiras passou a ser incorporada na nota de crédito pelo BC em agosto. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento também ficou estável de agosto para setembro, ficando em 27,0% da renda anual. Em julho, estava em 27,1%. Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) passou de 22,6% em agosto para 22,8% em setembro. Descontados os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda passou de 20,1% em agosto para 20,4% em setembro. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.