Máquinas de cartão para o tamanho do seu negócio

Publicado em 01/12/2014

Tempo de Leitura • 4 min

Já foi o tempo em que os cartões de crédito eram colocados em grandes máquinas decalcadoras que tinham uma grande barra que deslizava de um lado para o outro. Nesse sistema, que hoje anacrônicos, as informações do cartão eram apenas copiadas e assinadas pelo consumidor e com esse papel os comerciantes conseguiam receber o dinheiro das transações. De lá para cá muita coisa mudou, principalmente por questões de segurança. Surgiram as tarjas magnéticas em que os dados da conta são gravados por meio de pequenos imãs e, posteriormente, os chips que funcionam como microprocessadores. Os terminais de processamento, mais conhecidos como maquininhas de cartão, também foram se adaptando às novas tecnologias. Inicialmente, elas se comunicavam com os bancos de dados através de linhas telefônicas, posteriormente por internet discada e, atualmente, por meio das redes de telefonia móvel, Wi-Fi e 3G. O uso dessas tecnologias ajudou a disseminar essas transações móveis – hoje acessíveis a vendedores ambulantes e taxistas. Mas não era apenas a mobilidade que impedia uso dessas maquininhas por alguns comerciantes. Até poucos anos atrás, aceitar cartões de crédito e débito não era considerado vantajoso para pequenas empresas e profissionais liberais: o aluguel do aparelho e os porcentuais cobrados sobre as vendas eram altos e não compensavam. É o caso de Dirce Maria Cardoso, proprietária de um salão de beleza, no Ipiranga, zona sul de São Paulo, que chegou ter uma máquina convencional: “Não compensava para mim, uma vez que parte importante de meu lucro ia para as mensalidades da maquininha”. O estabelecimento de Dirce ficou dois anos sem aceitar nem débito ou crédito, mas recentemente decidiu dar outra chance e optou por uma versão compacta que é acoplada ao seu celular. Para Ricardo Vieira, diretor-executivo da Abecs, o uso de cartões pode trazer muitos benefícios para os comerciantes: “o pequeno ou microempreendedor elimina o risco de não receber, como no caso do cheque sem fundo, e diminui o risco e os custos de assalto, roubo, falsificação, armazenamento e logística de outros meios de pagamento, como dinheiro e cheque. Ele também aumenta suas possibilidades de venda, já que o cliente carrega crédito naquele cartão de plástico, além de melhorar a eficiência na administração do seu fluxo de caixa”. Além disso, o uso de cartões está crescendo no Brasil. Em 2013, de acordo com a Abecs, os cartões registraram R$ 853 bilhões em volume transacionado, o que corresponde a um crescimento de 17,8% em relação a 2012. A perspectiva é que esse ano é o valor atinja 1 trilhão. Além disso, os pagamentos de crédito e débito já representam em média 28% dos consumos das famílias. Leia mais: Como o custo da operação com cartão espreme o lucro do pequeno varejo COMO USAR MÁQUINAS MOBILE Essa nova geração de equipamentos é indicado principalmente para profissionais liberais, micro e pequenas empresas ou para qualquer estabelecimento que tem pouco fluxo de transações no débito e no crédito. Existem basicamente dois tipos de equipamentos: os que se encaixam diretamente nos smartphones ou tablets e outros com aparelhos sem fio que se conectam nesses dispositivos através do sistema bluetooth. Antes de escolher, é preciso conferir a compatibilidade com o celular que o empresário deseja utilizar. “Quando comprei a máquina, ela não sincronizava com meu smartphone. Então, tive de comprar outro aparelho que fosse compatível”, afirma Dirce. Para todos os modelos é necessário que haja conexão com a internet (Wi-Fi ou do 3G) para que as transações sejam efetuadas. Após efetuar a compra do aparelho (veja lista de preços abaixo), o primeiro passo é baixar o aplicativo indicado pela empresa. A maioria está disponível na Google Play e na Apple Store (poucos estão no Windows Phone). Em seguida, é só conectar a máquina de pagamento e as opções de crédito ou débito e outras instruções aparecem na tela do celular. A duração bateria varia entre 4 e 48 horas dependendo do modelo. Nenhuma informação sobre as senhas e ou dados do cartão fica registrado no aparelho e, para garantir a segurança dos consumidores, todas às informações são criptografadas.

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.


Próxima publicação »
Vendas da Black Friday batem recorde