Microcrédito: para girar, investir e evitar os juros altos

Publicado em 05/01/2015

Tempo de Leitura • 2 min

Um feeling para empreender, a vontade de desenvolver rapidamente um pequeno negócio e com um recurso de baixo custo. Essa é, geralmente, a história de empreendedores que tiveram uma boa experiência com o microcrédito. E não era para ser diferente. Apesar de cada instituição financeira exigir garantias específicas, como a de um fiador para a dívida ou a participação em grupos solidários, o microcrédito é uma saída para fugir da alta dos juros. As taxas mensais variam de 0,35% a 0,40% em bancos públicos, mas podem ser de 2% a 2,2% em instituição privada. Hoje, o pequeno empresário pode buscar essa opção tanto para fazer o capital de giro quanto um investimento produtivo. Isso porque o destino desse recurso é acompanhado de perto pelos bancos, que conta com agentes que visitam a empresa e avaliam se o empreendedor fará bom uso do dinheiro para crescer. Esses agentes visitam o negócio antes de liberar o crédito. “No nosso banco, o agente dá orientação financeira para o empreendedor continuar o desenvolvimento do negócio”, diz Jerônimo Ramos, superintendente de microcrédito do Santander. Segundo afirma Ramos, o correntista que pega crédito pela primeira vez precisa fazê-lo em grupo, caso de 75% da base de clientes que contratam essa modalidade pelo banco. Quando o grupo é formado, cada um dos participantes é responsável pelo pagamento do total liberado. Assim, um depende do outro para que não haja inadimplência, que no Santander está em torno de 4% nessa modalidade, ante a média nacional de 5,3%. Em um ano de ajustes na economia e nos juros, o microcrédito é uma linha que deve ser pesquisada com atenção por pessoas físicas empreendedoras, MEIs (Microempreendedores Individuais) e aqueles que estão no regime de tributação do Simples. Atualmente, as instituições financeiras concedem microcrédito para quem têm o faturamento anual de até R$ 120 mil, valor que em alguns casos pode chegar a R$ 360 mil, como no Banco do Povo Paulista. A instituição, que é gerenciada pela Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do governo do Estado, opera o microcrédito desde 1998, período no qual já liberou R$ 1,47 bilhão em financiamentos, sendo que 52,21% foram para pequenas empresas. Antonio Mendonça, diretor-executivo do Banco do Povo Paulista, diz que antes de procurar financiamento, o empresário deve ter clareza de quanto precisa e de qual é a capacidade de pagamento de prestações. Diário do Comércio

Sobre o autor

Alberto Spoljarick Neto

Alberto Spoljarick Neto é o gerente de marketing e eventos da Associação Comercial e Industrial de Mogi Guaçu. Formado em Publicidade e Propaganda e Relações Públicas pela ESAMC, ele continua se aperfeiçoando em tendências de consumo de mercado e as aplicando para os empreendedores de nossa cidade.