A taxa Selic caiu 1%, essa foi a quinta queda consecutiva, ficando em 11,25% ao ano. Segundo o Copom (Comitê de Política Monetária), a queda aconteceu porque a dinâmica da inflação está mais estável. “Quando baixa a taxa Selic automaticamente os juros caem e o crédito fica mais barato. Consequentemente as empresas e pessoas vão movimentando a economia e isso é primordial para o funcionamento do mercado”, comenta Adenilson Junior dos Reis, superintendente da ACIMG. Essa taxa de 11,25% é a mesma praticada em dezembro de 2014 e já era esperada pelo mercado: “O conjunto dos indicadores de atividade econômica divulgados desde a última reunião do Copom permanece compatível com estabilização da economia no curto prazo. A evidência sugere uma retomada gradual da atividade econômica ao longo de 2017”, diz o comunicado do Copom. São vários os fatores, listados em reunião para essa redução, dentre eles a consolidação da desinflação a componentes mais sensíveis e à política monetária, que contribuem para o aumento da confiança no equilíbrio da inflação e das taxas de juros. Os alimentos são citados como exemplo positivo nesse cenário. Outro ponto que levou os especialistas a diminuir a taxa Selic, é a previsão para reformas de natureza fiscal, que serviriam para aumentar a estabilidade econômica. Porém, o cenário global, considerado instável no momento e os preços das commodities, trazem incerteza para o crescimento. O comunicado projeta inflação em torno de 4,1% nesse ano e ao redor de 4,5% para 2018. Se a projeção se mantiver, o esperado pelo Copom é de que a taxa Selic chegue a 8,5% até o fim do ano e se mantenha durante 2018. Crédito imagem: Pixabay